Com o impacto da pandemia no mercado de trabalho, a taxa de desemprego ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril. Assim, permanece no nível recorde da série histórica no país, iniciada em 2012. Entre fevereiro e abril, o número de desempregados totalizou 14,8 milhões.
A taxa de 14,7% havia sido alcançada no primeiro trimestre deste ano. Entre fevereiro e abril do ano passado, período inicial da pandemia, estava em 12,6%.
Pelas estatísticas oficiais, um profissional está desempregado quando não tem ocupação e segue em busca de oportunidades. O levantamento do IBGE considera tanto trabalhadores formais quanto informais.
Na largada de 2021, o aumento de casos de coronavírus provocou novas restrições a atividades econômicas, o que dificultou a operação de empresas e a reação do mercado de trabalho.
Além disso, o auxílio emergencial foi interrompido na virada do ano e retomado apenas em abril, com redução nos valores pagos e no número de beneficiários. Conforme analistas, a paralisação do auxílio pode ter levado mais gente de volta à procura por vagas, pressionando o indicador de desemprego.
Segundo o IBGE, a população desocupada (14,8 milhões de pessoas) cresceu 3,4% (mais 489 mil pessoas) ante o trimestre móvel de novembro de 2020 a janeiro de 2021. Também subiu 15,2% (mais 1,9 milhão) frente ao período de fevereiro a abril de 2020.